terça-feira, 7 de agosto de 2007

Poema: "Trova assumidamente lamechas num postal transatlântico"

Quando os deuses deixaram de dormir,
Eu com a poesia os tornei a embalar,
Para que dos sonhos eles não pudessem sair
E com um divino poema eu te fizesse acordar.

Não me apetece separar o real do platónico,
E extendi-me da Razão para o surreal.
Pode o meu bom senso tornar-se crónico,
Mas és digna que te escreva como tal!

Com a caneta eu crio mundos ousados,
Com a caneta eu sou um torácico marginal,
Que se atreve a deixar-te versos marcados,
Quando invades a minha atmosfera mental.

Nela guardo lugar para as epifanias cardíacas
Que no teu peito me trarás do extremo ocidente.
Para tal, deixarei de fora as sinápses maníacas,
Que facultam medos de cantar-te por toda a gente.

Em horas que a rotina adormece-me o espírito,
Meu pensamento abriga-se num universo pessoal,
O meu ego torna-se então no núcleo do Mundo,
E tu'alma na sua maior interjeição emocional!

Com a minha poesia eu só consigo vadiar,
E ficar-me por este canto mediterrânico.
Resta a tua arte boleia a meu poema dar
E fazer dele o meu beijo transatlântico!

Agora põe estes versos sobre uns papeis amarrotados,
Voltaremos ambos às nossas vidas de cor pálida.
A globalização dos nossos sentimentos embalsamados,
É de momento, a nossa única (meta)física válida.

Ódio em mim por somente ter-te conhecido.
Queria ter-te mais do que és em meu juízo,
Sem sequer contar retirar o teu vestido,
Sem sequer contar retirar o teu sorriso.

3 comentários:

s0ninha d0s lim0es disse...

lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
lindo
ah
e tambem
lindo :)

ja te disse que cresci 3 palmos ^_^
es um fofo, joao o poeta ;)

gmdt

x0x0x

Pedro Mileto disse...

talvez um dia ouvirás esta trova da tua janela...
por agora... xD

s0ninha d0s lim0es disse...

Let there be the horizon
that dips over and covers all
Mother Nature's Zion-
Delivers us from evil and all..
Let them play music
in every idea, a sonnet
Young heart gone sick
Can you see his silhouette?
There he lay: the poet..
With every word-he relinquishes;
all past fears and devotions..
What is incomplete- he finishes
His feelings independent from his motions.
Alas, let there be the poet!
Suffer today. Do not postpone it.
You'll see the look in his eye,
laughter that wants to cry
he'll finish with a sigh..
Let there be paper!
so endlessly, he can write
Let him play demon or The savior
His rich mind wandering in the night..
you can always see his light
flashing in no-mans sight
The poet emerges from within,
a blessing, a talent, a sin
He'll crave the beauty of devotion
lending his life to his poems
in his mind larger than oceans
in every poem a love potion..
his ideas arriving with an explosion-
he can't fight it
he beholds it
His soul in absolute consumption
of the whole wide universe in eruption
In a mind so wonderful to contemplate
Let there be Poet, enchantment, nature and fate




(o feedback e'uma coisa extraordinaria, nao e'?) ;)