Asa de mosca
Pudesse eu ser
Mais insignificante que o próprio insecto
Sem pensamento, sem propósito senão bater
E bater e bater e zumbir
Entrar em casas alheias
Como tenta a minha alma entrar noutras almas
Acabando sempre por ser esmagada
Sem sequer disso me aperceber
Não ter estes cinco sentidos
Menos ainda a consciência de ser
E estar...
Apenas bater e voar
Sem nunca ter de pensar.
Sou cobaia da pior das psicopatologias,
O idealismo:
Ter um golo mentalmente
E ter um muro fisicamente.
Não ter de ter...
Apenas uma asa de mosca ser,
Abrir asas, não para vencer
Apenas para nunca viver um perder.
segunda-feira, 16 de abril de 2007
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4 comentários:
I Encontro de Bloggers e Leitores de Blogues do Minho
Vamos lançar um conjunto de iniciativas que visam devolver ao Minho uma voz activa e lançar um verdadeiro debate em torno das questões estruturantes da região mais portuguesa de Portugal.
abraço, spicka
Joao! ja nao comento ha mt tempo..Mas este teu post obrigou-me. Ta com "mta pinta" como diz um professor meu :p
e nao discuto sequer aquilo que queres transmitir...a minha fase revoltada tambem me da este tipo de vontades. Eu nem que fosse mesmo a propria mosca. As vezes ja chegava,...
o que eu estava procurando, obrigado
Este poema é original meu, excepto o verso "Asa de mosca", daí a rubrica(ou pseudo-rubrica) "amostra de adaptação poética". E aí, cara? Você é do Brasiu, né? Obrigado pela crítica ;)
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