segunda-feira, 16 de abril de 2007

Amostra de Adaptação Poética: "Asa de Mosca"

Asa de mosca
Pudesse eu ser
Mais insignificante que o próprio insecto
Sem pensamento, sem propósito senão bater
E bater e bater e zumbir

Entrar em casas alheias
Como tenta a minha alma entrar noutras almas
Acabando sempre por ser esmagada
Sem sequer disso me aperceber

Não ter estes cinco sentidos
Menos ainda a consciência de ser
E estar...
Apenas bater e voar
Sem nunca ter de pensar.

Sou cobaia da pior das psicopatologias,
O idealismo:
Ter um golo mentalmente
E ter um muro fisicamente.

Não ter de ter...
Apenas uma asa de mosca ser,
Abrir asas, não para vencer
Apenas para nunca viver um perder.

4 comentários:

BlogMinho disse...

I Encontro de Bloggers e Leitores de Blogues do Minho
Vamos lançar um conjunto de iniciativas que visam devolver ao Minho uma voz activa e lançar um verdadeiro debate em torno das questões estruturantes da região mais portuguesa de Portugal.


abraço, spicka

Paulo Lopes Silva disse...

Joao! ja nao comento ha mt tempo..Mas este teu post obrigou-me. Ta com "mta pinta" como diz um professor meu :p

e nao discuto sequer aquilo que queres transmitir...a minha fase revoltada tambem me da este tipo de vontades. Eu nem que fosse mesmo a propria mosca. As vezes ja chegava,...

Anónimo disse...

o que eu estava procurando, obrigado

Pedro Mileto disse...

Este poema é original meu, excepto o verso "Asa de mosca", daí a rubrica(ou pseudo-rubrica) "amostra de adaptação poética". E aí, cara? Você é do Brasiu, né? Obrigado pela crítica ;)