Ontem à noite fomos uns miúdos,
Que nunca foram ao Porto ou a Lisboa,
Uns crentes...
Fomos até à Foz do Arelho
E ficámos estupefactos com a praia,
Com a noite, e com a noite da praia.
E lembrámo-nos de ti,
E que tu não estavas lá.
Então,
Tentamos trazer-te o mar,
Mas não conseguíamos agarrar a água.
Tentamos trazer-te a areia,
Mas toda ela nas nossas mãos era escassa.
Tentamos inalar toda a brisa marítima,
Mas eramos só quatro pulmões.
Tentamos digitalizar todo aquele panorama,
Mas com a vista só o víamos.
E o som do vento só o ouvíamos,
E não conseguíamos reproduzi-lo.
Contudo,
Colhemos a flor branca da liberdade,
Colhemos a flor amarela do espírito jovem e eternidade,
Colhemos a flor púrpura ou violeta ou magenta ou lilás
Da mútua simplicidade.
Colhemos as folhas verdes e aquelas pseudo-pétalas vermelhas
Da localidade comum ao interior e exterior,
Para ti.
Nós não conseguimos,
Mas esperamos que as flores consigam...
Conseguiram?
...
Não te quisemos acordar,
E deitámo-nos crentes
(Estávamos crentes)
E hoje acordamos crentes
(Somos crentes)
Uns crentes...
quarta-feira, 28 de março de 2007
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3 comentários:
li.
reli.
li.
reli.
gostei... =)***
ler todo o blog, muito bom
Muito obrigado! Já agora o Sr. Anónimo tem nome, não?
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